Desafiando o mito da altura no vôlei: por que altura não define tudo?

01/03/2024 às 10h34

O vôlei é um esporte vibrante e de alta performance, mas, muitas vezes, é associado à imagem de jogadores de grande estatura.  

Essa percepção, porém, envolve um mito que limita o potencial de muitos indivíduos: a crença de que a altura é um pré-requisito inegociável e determinante para o sucesso na modalidade. 

Neste texto, desvendaremos os mitos em torno da altura no vôlei, destacando como outros fatores contribuem significativamente para o desempenho individual e coletivo.  

Muitos acreditam que jogadores mais altos têm uma vantagem inegável, especialmente quando se trata de bloqueios e ataques. De fato, jogadores mais altos podem interceptar ataques com mais facilidade e alcançar pontos mais altos da quadra com maior potência.  

No entanto, a verdade vai além da estatura física, desafiando a ideia de que apenas os jogadores mais altos podem prosperar nas quadras. Vamos desmistificar? 

Diversos jogadores de estatura mediana ou baixa marcaram época no vôlei, superando expectativas, demonstrando que talento, técnica e dedicação podem superar as barreiras físicas. 

Um dos maiores exemplos desse desafio ao mito da altura é o jogador “Serginho Escadinha”, um jogador que não se encaixava no padrão de altura convencional: 1,84m eram insuficientes para o até então padrão do vôlei. 

Em 1997 foi criada a posição de líbero, especializada em recepção e defesa. Nesta posição, tornou-se o maior líbero da história do vôlei brasileiro. Dono de quatro medalhas olímpicas e diversos títulos nacionais e internacionais. O líbero é um dos únicos jogadores de vôlei que já participou de quatro olimpíadas seguidas e subiu no pódio nas quatro ocasiões.  

Mas não é só ele.  Fabi, de 1,65m, tornou-se gigante na função e se tornou a melhor jogadora da história do país na posição. Outro exemplo no vôlei nacional é Léia, com, 1,68m, que foi destaque da conquista do Grand Prix de 2016 e convocada para os Jogos do Rio. 

A posição de líbero, então, abriu as possibilidades dentro do vôlei e aumentou as chances de diferentes biotipos na modalidade 

Não só nessa posição atletas mais baixos têm demonstrado agilidade excepcional, velocidade e habilidades técnicas apuradas que compensam qualquer suposta desvantagem de altura. Os levantadores também aparecem como opção para jogadores nem tão altos assim e têm se destacado tanto quanto os líberos. 

Hoje, em 2024, 27 anos após a criação da posição de líbero, o vôlei moderno valoriza cada vez mais a versatilidade e a inteligência de jogo.  

Jogadores, independentemente da altura, estão desenvolvendo estratégias únicas, tornando-se especialistas em aspectos específicos do jogo. A agilidade e a capacidade de leitura do jogo tornaram-se igualmente cruciais, transcendendo a mera estatura. 

Além disso, a mentalidade e a determinação de um jogador são fatores cruciais para o sucesso. Atletas dedicados e focados em aprimorar suas habilidades, independentemente de sua altura, frequentemente superam adversidades e alcançam o topo do vôlei mundial. 

Em resumo, o mito da altura no vôlei está sendo desafiado a cada dia. O esporte está evoluindo para reconhecer e valorizar a diversidade de habilidades que os jogadores de diferentes alturas podem oferecer.  

 “Minha mãe me deu uma bola de vôlei, mas ela achava que era de futebol. Com essa bola eu conquistei um monte de coisas na vida. Se meu sonho se tornou realidade, acho que o sonho de qualquer pessoa pode se tornar também”. É com essas palavras que Serginho Escadinha, um dos maiores atletas brasileiros de todos os tempos, define a realização de seus sonhos por meio do esporte, em sua biografia “Degrau por degrau”, escrita pelo jornalista Daniel Bortoletto. 

Assim, fica claro que o verdadeiro segredo do sucesso no vôlei vai além da estatura física, residindo na combinação de habilidades técnicas, mentalidade forte e dedicação incansável ao aprimoramento do jogo. 

Então, se a sua desculpa para não se render ao vôlei era a sua altura, ela não existe mais. Que tal experimentar esse esporte com a gente? 

A Fundação Aleijadinho oferece aulas gratuitas da modalidade, para crianças e adolescentes, em 3 núcleos, localizados nos municípios de Mariana e Ouro Preto. 

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"Acreditar no esporte é incentivar conquistas."


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